terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Obrigado Ano Velho vs Feliz Ano Novo

Tenho que agradecer e pedir desculpa a todos por este ano.
Foi tudo fantástico, surreal e magnífico. Talvez não tenha sido grandioso, mas foi sem dúvida um ano atípico.

Realizei projectos, passei muitos obstáculos e consegui chegar a lugares onde nunca pensei ir, fossem eles físicos ou simplesmente estados de alma.

Enfim, fiz e aconteci. Foi tema de conversa e outros tanto gerei. Foi um bom ano.

Mas não o teria sido sem o apoio incondicíonável dos que me rodeiam, dos que de uma ou de outra maniera me foram empurrando e dando força. A todos eles obrigado por tudo e desculpem lá qualquer coisinha.

(Espero que relativizem o que estou a escrever, afinal até o Facebook diz que tenho tendência para a melancolia)

E a verdade é aquela e mais nenhuma. Obrigado por estarem sempre lá, pela impotância, ainda que momentânea, deixou um cunho na minha memória. E afinal como diria a nossa Rainha Mariana Vitória de Bourbon: "hão-de passar 100 anos pela minha memória" para que os detalhes se apaguem pois os acontecimentos, esses nunca. Esse vão lá ficar sempre.

Obrigado por tudo amigos.

Contudo, nos últimos tempos valores mais altos se têm levantado pelo que a minha atenção para convosco tem sido cada vez menos constante. Mas, a lembrança não. Essa está sempre lá. Lembro-me de todos e de cada um, a cada dia. Lembro-me de vocês para além do tempo. Para além da morte.

É, então, devido a esta profunda gratidão que lhes escrevo. Não apenas hoje, mas sempre.

E agradeço a todos as mensagens a convidar para um café, os telefonemas de horas para o outro lado do mar, as inumeras alterações de agendas provocadas pela minha vida demasiado atribulada; em resumo agradeço a disponibilidade constante para me ouvirem, fazerem companhia...enfim aturarem-me.

Assim, e no final, quero simplesmente desejar um bom ano novo cuja  fartura seja pelo menos o dobro da daquele que acaba. Vençam na vida!

Obrigado por tudo

domingo, 13 de dezembro de 2009

Frases grandes e pontuação desordenada.

Olá,

Afinal isto não morreu de todo. Havia meses que por aqui não passava, mas hoje simplesmente apeteceu-me escrever. E tal como disse havia meses que aqui não vinha portanto acho que vou tentar escrever algo que seja minimamente interessante mas não termine sendo um pseudo-ensaio, que não mais viria a ser que um ensaio melancólico.

Ocorreu-me neste instante e preciso momento que há uma coisa que me têm dito que é capaz de vir a ser verdade: que escrevo mal porque não sei utilizar a pontuação. Estão provavelmente correctos. Não se notou já?

Mas voltando aquilo que tenta ser uma pseudo-tentativa de reanimação disto, até porque o ano está acabar e eu não queria que este blog fosse nenhuma das seguintes coisas: um diário inerte de uma experiência já passada, uma amalgama de desabafos e pseudo-ensaios melancólios (para os quais tenho uma inclinação que é, de resto, notória), nem uma obrigatoriedade que de uma forma ou de outra se torna quase um gerador de stress como se tivesse numa redação de revista auto-incutida.

Enquanto escrevia o parágrafo anterior, ocorreu-me outra coisa qualquer mas já não me lembro o que era. Este fenómeno de me andar sempre a ocorrer coisas deve dar razão ao meu professor de IDES no 12º ano, quando este me chamou ideota. Segundo ele,  é por ter muitas ideias.
Entretanto, perdi-me. AH! Vim aqui escrever hoje, não porque alguma coisa de extraordinária se tenha passado mas simplesmente porque me apeteceu falar com alguém,  e como os pequenos-almoços sociais passaram de moda ou, então, eu é que sou madrugador; decidi que iria escrever alguma coisa sobre outra qualquer coisa no meu blog. E esta frase está tão grande que nem sequer eu a percebo bem...

E a esta altura, já se estarão todos a perguntar se eu não terei mesmo um trauma com a pontuação. Pois, se calhar estou a cria-lo. Mas, deixei-me que vos diga que vocês também não têm muito que fazer, para terem continuado a gastar o vosso tempo com um texto debitado à pressão por um tipo que como pensa tão depressa, os dedos trocam-se nas teclas e algumas palavras acabam por nunca serem escritas. (é caso para dizer que são palavras que nunca vos direi).

Comecei a trabalhar no passado dia 2 de Dezembro, dei os parabéns à Cibellis (não sei se a própria conseguirá algum dia saber a quem me refiro, mas este foi o seu primeiro nick dos tempos do MIRC, com net a 124kbs), fiz anos no dia 10  e assinalei o dia com uns amigos e um bolo que mandei fazer numa pastelaria que fica perto do escritório.

Olhem para este Post, parece que entrei em transe (transe é com Z ou com S? Não sei, nunca escrevi isso antes, e também não me apetece ir ver) depois de ter sido possuído por um demónio qualquer, que deve de ser parente da Margarida Rebelo Pinto. (escrevo cada vez mais rápido..mas o que é que vem a ser isto).
Sabem que mais, não me interessa. Já fui acusado de tanta coisa, que receber o rótulo de escritor medíocre que dá erros ortográficos aos montes e que escreve frases grandes, sem pontuação correcta e possuído por um demónio parente da Margarida Rebelo Pinto, não me importa minimamente.

Depois deste acesso de loucura ("ousso dizer, mas bendita esta loucura" como diria a Mariza). o que estava a dizer eu? já me perdi outravez? Chegou a altura de dizer uma coisa: peço desculpa por todo o tipo de erros que aparecerem neste post, mas não vou reler nem corrigir senão irá perder o significado. Pelo menos para mim.

Fui interrompido por uma subita janela que está para ali a piscar. É aBalkys! (No Panamá são 6 da manhã, deve de ter chegado agora, ou então levantou-se cedo.) Estamos a falar de todo e de nada, na realidade acho que estamos os dois a matar tempo. Não faz mal.

Este "não faz mal" fez-me lembrar uma coisa que me passou que vos parecerá ridículo, mas me marcou muito. Uma coisa banal. (ainda bem que escrevi banal, é uma palavra frequente no acontecimento que me ocorreu. Não utilizei já ocorreu hoje?)

A janela está a piscar. Já cá venho. (nos entretantos ousso na minha mente a voz da Raquel a dizer: aquilo não se percebe nada. porque não se distingue o que é texto ou pensamento própiro. Ou então há dizer algo semelhante a isto, ou então nem nunca há-de aqui vir ler nada.) Janela a piscar.

Já foi dormir. Para quem se perdeu, estava a falar com a Balkys.

Há mais ou menos 4 parágrafos atrás ( que em unidade temporal não faço ideia quanto seja, mas não deve de ser muito), apresente-vos um pequeno resumo da minha vida. Escapou-me pelo meio aquilo a que há três parágrafos vos apresentei como "coisa que me marcou muito".

"Há palavras que nos beijam"
Alexandre O'neill escreveu este verso num dos seus poemas. E tal como um livro, um filme ou simplesmente algo Banal que nos beija, também a mim houve uma coisa que mudou a minha forma de olhar para determinado tipo de coisas.
Esa coisa chama-se: O ano do pensamento mágico, de Joan Didion.

Apetece-me falar disto.

"O ano do pensamento mágico" (não gosto de pôr as aspas, parece que dá um distânciamento ao título que eu preferia que não existisse) de Joan Didion é um livro que foi posteriormente adaptado para o teatro e que actualmente está em cena no Teatro Nacional Dona Maria II. Antes de mais, dizer que é um monólogo interpretado por Eunice Muñoz que só por si já tranforma até um post como este que não vale a ponta de um chavelho (o júri dos ídolos andanva sempre a dizer isto), numa obra prima da arte dramática.

De volta ao "O ano do pensamento mágico" (a propóstio, comprei logo o livro depois de ter ido ao teatro), não é mais que o relato de uma mulher que se sentou à mesa para jantar e que vê a sua vida como a conhece terminar. Na verdade o seu marido perdeu a vida num acidente coronário súbito à mesa de jantar naquilo que poderia ter sido um  dia Banal (para a autora a existência da palavra banal é muito polémica, pois segundo ela tudo começa por ser um dia banal até ao momento em que o deixa de ser). O dia poderia ter sido Banal, mas não o fora. Não só porque o seu marido perdeu a vida de forma súbita mas porque a sua filha se encontrava hospitalizada com um choque séptico, e que viria a falecer pouco depois do pai.

(Parece mentira, mas eu até ir ao teatro ver uma peça que celebra os 80 anos de carreira da grande Eunice Muñoz, não sabia o que era um choque séptico. Agora já sei: O choque séptico é uma doença na qual, como resultado da septicemia, a tensão arterial baixa a um nível tal que pode pôr a vida em perigo. By Manual da Merck)

E então, pronto. O livro é o relato dessa mulher que se senta à mesa para jantar e perda a vida que tinah até então. É apaixonante, e efectivamente sábio. Creio que aprendi muito ir ao teatro naquela noite de 21 de Novembro (acabo de fazer um esforço de memória terrível para saber o dia exacto de quando fui ao teatro).

Já não escrevo tão depressa, nem me sinto invadido por um demónio aparentado com a Margarida Rebelo Pinto. Mas não me apetece parar.

Creio que aprendi muito com o texto da Joan Didion porque O Ano do Pensamento Mágico para ela foram os dias que passaram entre a morte da filha até ao dia em que assinalou o primeiro ano após a sua morte. (não teria sido mais fácil explicar isto dizendo simplesmente que foi o ano que se seguiu à morta da filha??)
Foi nesse espaço de tempo que segundo a autora teve de saber lidar com situação e que quando chegou a altura de assinalar o primeiro aniversário da perda da sua família, ela teve que encerrar o seu ano de pensamento mágico.

Sei que mudou a forma como vejo as coisa, mas não sei como explicar muito bem por palavras como. (Já deram conta , não já?)
 Não interessa. Vou voltar à minha veia de Light, para ver se dou um fim a este post. Afinal já lá vão duas horas e tanto a escrever. Xiça! Estou a ficar bom nisto!! Ou não.

Há não sei quantos parágrafos atrás, e há mais tempo ainda, fiz um pequeno resumo da minha vida no últimos tempos. É verdade. Já comecei a trabalhar e estou a gosta. Trabalho na ActOne. Ainda não temos site mas vamos ter e faço estudos de mercado para o sector farmacêutico.

As frase estão mais curtas, creio que é porque de um momento para o outro as ideias estão a sair-me de forma menos fluída. Talvez seja hora de parar e voltar mais tarde ou depois.

Sim, talvez seja a hora de parar.

Entretanto já voltei a ler isto. Que grande salada de palavras mal ordenadas, naquilo que supostamente seriam frases. Que de resto, são sempre longas, ou mal pontuadas. Se calhar falta-me jeito para isto!!

Sim, está na hora de ir, mas faltou-me um pormenor. Lembram.-se do "deixa estar" que vos falei à pouco, pois bem é uma das frases que Joan Didion diz que empregamos frquentemente, mas que nunca cumprimos. No sentido em que nunca "deixamos estar" alguma coisa, ou seja, acabamos sempre por nos preocupar.

Gostava de ter dado outro finala outro blog, mas não sei o que idzer mais, as ideias foram-se. Estou a sentir uma espécie de sentimento parecido ao de uma criança que se fartou do brinquedo.

Bem se houve alguém que consegui ler isto até ao fim. Muito obrigado.
Mas não tiveram mesmo mais nada para fazer???

É melhor ir andando. Façam perguntas, sempre tenho assunto.

Obrigado por tudo