sábado, 14 de março de 2009

Era uma vez uma menina...

No dia segundo do signo de Touro quatro anos depois da Revolução dos Cravos, nasceu em Lisboa uma menina. Cresceu em Santiago do Cacém no Alentejo, com o passar do tempo aquela menina de cara alegre e de expressão serena, porém com a coragem e presistência do seu signo, tornou-se uma mulher forte e lutadora.

Essa força de vencer vem de um interior rico em sentimentos e princípios, e acima de tudo de uma sensibilidade minuciosa que lhe confere um carácter único. Decidiu fazer uso dessa capacidade de ultrapassar obstáculos e ingressou na Marinha de Guerra Portuguesa em 1998. Desde esse ano a vida tem-lhe pregado muitas partidas, mas nunca, nem por um instante, se atreveu a pará-la ou a tirar-lhe o sucesso profissional e pessoal. Não seria possível...

Agora essa menina alegre que se tornou uma mulher forte, prepara-se para mais uma aventura. Está de partida, tal como um dia o seu povo o fizera, vai para o NOVO MUNDO, descobrir novas gentes e lugares, vai crescer ainda mais e dar de comer à fome de vitórias com mais um desafio.

Esta menina chama-se Ana Margarida, e é minha irmã.

Aquele Abraço Guidinha

Obrigado por tudo

quarta-feira, 11 de março de 2009

Uma história de vida para contar no futuro...

No sábado passado recebi um email de um Couchsuffer a pedir acolhimento para esse mesmo dia e até hoje quarta feira. Nunca tal me tinha passado e então fiquei no meio entre aceitar e não aceitar o pedido. Acabei por aceitar e ainda bem...

Já vos falei do Jéremy Marie, e também já vos disse que já lhe aconteceram coisas do arco-da-velha. Mas o que ainda não vos disse foi que ele anda há 18 meses a viajar somente pedindo boleias, com o objectivo de provar que é possível encontrar boas pessoas capazes de nos ajudar sem pedir nada em troca. E para o Jéremy nada é mais eloquente que dar boleia a um desconhecido.

Saiu de França em Outubro de 2007, e já fez todos os Balcãs, Médio Oriente e África. Quando chegou à Cidade do Cabo, pediu uma boleia a um barco e pronto veio parar ao Panamá. (fácil!!)
Agora que está na América, prevê que fique por cá dois anos até conseguir ir a todos os lugares que quer. E depois, nada mais lógico que voltar a pedir uma bolei a um barco outra vez, desta vez para a Austrália! (fácil!) E daí recomeçar a sua viagem em direcção à Ásia e, depois sim, regressar à Europa. Tudo isto está a pensar fazê-lo em 3 ou 4 anos mais.

Se houve coisa que me impressionou no Jéremy, foi o quão bem preparado está, o seu nível de planeamento vai até ao mais pequeno detalhe de toda a sua viagem. Tem um orçamento de $7 diários, e cada vez que lhe perguntam se consegue comer e ainda arranjar um sítio para dormir, ele responde: "comida barata há em todo o lado, e lugar para dormir também". Como se isto não fosse suficiente, carrega consigo somente uma mochila. (Sim, eu sei, estão a pensar que o homem é uma mochila andante...enganam-se...a sua mochila é pouco maior que uma mochila de escola normal. Na verdade acho já tive mochilas de escola com aquele tamanho.)Nela cabem somente roupa para uma semana, dois pares de ténis, uma bolsa com bens de uso pessoal e carregador de telemóvel.

Desde dormir na beira de uma estrada em África, até ser empregado de mesa num ferry do Nilo (para não ter que pagar o transporte), ao Jéremy já lhe passou de tudo. Acreditem que ouvi-lo falar é algo de extraordinário e pode converter-se numa coisa muito inspiradora. Já várias vezes foi convidado por rádios e televisões locais para ir falar sobre a sua viagem, já foi retido pela polícia...já, já, já...sobre o Jéremy há muitos "jás"!


O seu projecto chama-se "Un Coup de Pouce autor du Monde" (a mão ao redor do mundo), e está disponível em http://www.lembas.ovh.org/.


Tal como o Jéremy costuma dizer, está a criar a sua "história de vida para a contar no futuro". Boa sorte Jerémy!!


Obrigado por tudo

CoushSurfing

Como já vos falei agora faço parte da rede Couchsurfing. Para os nosso padrões de vida, a ideia de ter um estranho a dormir em nossa casa pode parecer uma atitude inconsequente. De facto, e a até certo ponto, é!
No entanto, a rede CSurfing tem como fundamento um sistema de referências mutuas que confere às pessoas que acolhemos ou que nos acolhem um nível de credibilidade maior. Todavia, não deixa de ser uma coisa um tanto ao quanto diferente para nós. Para mim ao princípio pareceu-me uma autentica "maluquice", alguma vez na minha vida eu pensei em por a dormir em minha casa um estranho...só porque havia uma rede de referências e blábláblá, é que nem pensar!!!

Pois é meus amigos, o Panamá mudou-me de tal maneira que até por estranhos a dormir em casa eu já fiz! E sinceramente foi uma experiência interessante. Creio que tive sorte pois toda a gente que conheci da rede CSurfing era 5 estrelas. Na verdade, só uma pessoa é que ficou a dormir em minha casa e passámos uns dias muito agradáveis sob vários pontos de vista.

Em primeiro lugar, e sob um ponto de vista mais quotidiano, quando chegava a casa sempre tinha alguém com quem falar e, sempre nos ríamos um bocado.
Em segundo lugar a sua experiência de vida é de tal maneira vasta que nunca me cansei de ouvir as suas histórias. E já lhe aconteceram coisas do "arco da velha".
E em terceiro lugar, sempre é algo diferente, principalmente a companhia ao domingo. De facto, é bom ter companhia ao domingo quando estamos longe de Casa.
É provável que existam um quarto e um quinto lugar, e por aí a fora, mas de momento não me recordo.

O meu primeiro hospede chama-se Jéremy Marie.

Obrigado por tudo

sexta-feira, 6 de março de 2009

Cidade Perdida

Em 15 de Agosto de 1519 por ordem de Carlos V, Rei de Espanha pela Graça de Deus e Imperador do Sacro Império Romano, etc, etc, etc... é fundada aquela que seria a primeira cidade na costa do Oceano Pacífico sob uma coroa Europeia.

Lugar pouco rico em recursos naturais mas estratégico para as trocas comerciais, não foram precisos muitos anos para que a cidade se torna-se um entreposto mercantil da maior importância. Poucos anos depois da sua fundação, a cidade possuía infraestruturas como uma universidade, um hospital, vários conventos e edifícios religiosos, donde a Catedral da Virgem da Assunção se destacava como edifício maior da cidade. Entre outros títulos e distinções, no inicio do séc XVII a cidade recebe a denominação de Capital das Colónias e Territórios das Américas.

Apesar de fustiga por inumeros saques e pilhagens ao longo dos anos, a cidade continuava a ser uma fonte de riqueza para aqueles que dela dependiam e para o Império. Porém, em 1670, o pirata Henry Morgan planeia atacar a cidade e, sabendo que o saque era inevitável, o então governador Don Juan Peréz Guzmán ordena a população para que saía da cidade e manda impludir todas as reservas de pólvora existentes destruindo-a por completo.

Daquela cidade destruída durante a sua época de ouro sobram somente as ruínas de alguns edifícios e a torre da catedral. Em 1997 recebeu a sua última distinção, a de Património Mundial desta vez por parte da UNESCO.

A História e o povo chamaram-lhe "Panamá La Vieja".


Obrigado por tudo.

terça-feira, 3 de março de 2009

Panamá Viejo (Fotos)

Aqui algumas fotografias desse lugar perdido no tempo, e que o própiro tempo não nos permittiu disfrutar tanto quando merece devido ao excesso de pluviosidade.

Para além de viajar no tempo, Panamá Viejo também serviu para que tivesse mais uma experiência Couchsurfing, nesse dia saí um a Alejandra da Colombia e com Johanna daqui do Panamá, foi divertido mas poderia ter sido mais se não tivesse sido o excesso de pluviosidade.




Gosto especialemnte da foto abaixo..."O séc XIX visto pela janela do tempo"



Obrigado por tudo

domingo, 1 de março de 2009

Afinal já passou um mês....

Afinal já passou um mês. E o que há a dizer sobre isto?
Há a dizer que me sinto muito realizado, mas ao mesmo tempo muito frustrado. Realizado porque aqui é todos os dias a aprender e a crescer. Frustrado porque ainda há tanta coisa que quero fazer e tenho a sensação que já estou quase a ir embora.... Vivo nesta dicotomia, mas é ela mesma que me faz todos os dias levantar e viver cada dia de forma única.
Aqui tem sido tudo diferente, sinto que já cresci mais no último mês do que em muitos passados numa rotina enfadonha a caminho da vida quotidiana.
Estou certamente mudado, sinto-me quase como os nosso descobridores de há 500 anos, compreendo agora a sensação de ver novos mundos, culturas e hábitos.

E quanto aos hábitos, sabem que no Panamá só se dá um beijinho para cumprimentar as senhoras. Isto resultou que fiquei com a cara estendida uma série de vezes...e a outra pessoa a olhar para mim com um ar de quem estava a pensar: "do que é que este está à espera?"
Outra coisa que já me passou foi também ter descoberto que afinal há mesmo diferença, ao ponto de ser uma ofensa, chamar Senhora a uma mulher não casada em vez de Senhorita. Por isso adoptei uma forma de tratamento que não me deixa ficar mal: Jovem, é como o pessoal se trata quando não sabe como se há-de dirigir, ou então se a pessoa tiver um "nível de sabedoria" mais elevado, usam Nena. Mas como não gosto da palavra arrisco o Senhora, é até ao dia em que me viram a cara...
Isto para os homens é tudo muito mais fácil, Senhor se conheço, Cavalheiro se não conheço. E, pronto!

Para além destes detalhes, existem outros não menos curiosos, como por exemplo: o carrinho de compras do supermercado não passa da caixa, ou seja, fica antes da caixa, porque para levar as compras até ao carro, táxi ou o que for existem outros carrinhos diferente empurrados por uns jovens, alguns tão jovens que se podiam chamar crianças que, obviamente, estão sempre à espera de uma gorjeta. A propósito, no outro dia não tinha moedas e dei $1 ao rapazito que andava a empurrar o carrinho, só lhe faltou pular...até me senti uma pessoa melhor.

Durante este mês é impossível relatar tudo o que é diferente. Por exemplo, as pessoas ficam admiradas quando me perguntam se sei cozinhar e eu respondo que sim. À excepção do Basílio que é chefe de cozinha, não conheci mais nenhum homem que soubesse como ligar um fogão.

Ah! Há uma diferença em especial que me agradou muito: o preço da roupa de marca cá. Há umas semanas logo no ínico, a Xexas tinha perguntado se sempre havia camisas Guess à venda por $3. Pois bem, não há. Mas há por $50, e Gant a 60$ e Oscar de la Renta e Calvin Klein, com preços mais ou menos não muito longe destes.
Mais! Sabem que aqui a Zara é mais cara que a Tommy, ou seja, toda a boa criatura anda vestidinha de Tommy. A bem da verdade, a Tommy aqui nem tem muito prestígio, para não falar que a Zara é considerada caríssima, mas mantém o estatuto de ser Europeia (o que lhe continua a conferir algum status).

Comecei a fazer este post no dia (que por defeito) em que fazia um mês de eu cá estar, ou seja, faria um mês de eu cá estar no dia 29 de Fevereiro. Mas não houve dia 29!!
(Agora compreendo a dificuldade da minha prima Tininha ao celebrar o seu aniversário, coitada durante 4 anos é renegada para um dia que não é o dela! Mas, também foi preciso ter pontaria...ao escolher o dia. Isto serve para ela, tanto quanto para mim. Para Ela pelo dia de aniversário, para mim porque poderia ter vindo noutro dia...)
Como, estava a dizer comecei a fazer este post no dia 1 de Março, mas como queria fazer alguma coisa com bom astral deixei-o de lado porque esse dia foi dedicado à melancolia trazida pela memória e estar longe, etc.. tudo muito para baixo.
Hoje, achei que era um bom dia para o fazer, estou bem disposto!! E pronto acho que nem ficou muito mal..poderia ser melhor, mas é como a minha irmã, a Guidinha, costuma dizer: "As soluções óptimas são teóricas."

Vemo-nos em breve...

Obrigado por tudo

Vamos a Canavallear! (Fotos)

Como de prometido aqui estão algumas fotos de Penonomé...Por causa da água não tenho muito mais que estas....Peço desculpa...É o que há....
Assim que chegámos...Pimba, uma fotografia à casa!! Não é o Ritz mas foi mais que suficiente!

E o relaxante quintal, as fotos não estão muito boas, mas passar um bocado na rede era mesmo muito agradável...Ah havia um cão, que era um poço de mimos (curioso vim-me embora sem saber o nome do cão!!! nunca tinah pensado nisto...)


Não era uma piscina olímpica, mas era suficiente, até porque não verdade nem lá entrei...LOL, molhado já vinha eu da rua!!






Aqui está!! o que se segue é a fotografia do "ELEVEN" lá do sítio.



E o tradicional pequeno almoço panamenho...acompanhado de "arroz con piña"







Eu sei não aprece, mas aqui o pessoal estava quase a desvanecer com tanta fome que tínhamos, é que estas fotos foram tiradas enquanto esperávamos pelo manjar acima referido.

Era caso para dizer que tínhamos uma "larica que até embica".







E pronto, chegámos ao tão esperado momento! A seguir venho eu com o nosso "coller" (mais um vocábulo de Spanish que se fala no Panamá) a caminho da parte mais fixe: la mojadera!



E, "la mojadera", tinha mais ou menos este ascpecto....





Lembram-se de vos ter falado do Centro Geográfico do Panamá. Pois bem aqui está ele:




Este é o rio que passa em Penonomé, em tempos os carros alegóricos eram aquáticos, ou seja, eram barcos. Mas isso era antes...agora adopto-se o globalizado tractor com o atrelado..Modernices...







E pronto um carro alegórico panamenho, tem este aspecto. Hum..parece-me muito típico...ou não....


E aqui era onde se podia degustar uma dose de platáno frito com chouriço assado, o jantar mais cobiçado de Los CARNAVALLES.

As fotos que se seguem são mesmo as últimas que tirei, já vinhamos no carro a caminho de casa. Não são mais do que uma prova da organização do trânsito no Panamá; e a prova de que a minha mãe é super importante!! Até tem supermercados com o nome dela no Panamá!!! Não é para todos isto de ter uma mãe famosa!! LOL










Obrigado por tudo

Vamos a Canavallear!

O carnaval no Istemo das Américas é a festa mais aguardada de ano. Esqueçam o Ano Novo, ou até mesmo o Natal...aqui a valer festeja-se: "LOS CARNAVALLES!"

Então como é que isto funciona? Para começar o país fecha para Carnaval na quinta-feira antes do Carnaval, e só recomeça depois do "Enterro da Sardina" (é como chamam ao enterro do Entrudo). Nessa quinta-feira as pessoas evadem-se para o interiror do país e é aí que fazem a "rumba". A rumba deserrola-se segundo as seguinte variáveis: música (o mia spossível, nomeadamente salsa, regaton, e claro samba), rua, água e, como não podeira deixar de ser, muita cerveja. Mas isto de ir pa rua todo o dia dançar é como a guerra do Raul Solnado, também tem horários. Então por volta do meio dia as pessoas saem de casa artelhadas com as suas arcas térmicas, carregadas de gelo e cerveja, e dirigem-se para uma das ruas onde os camiões cisterna esperam por começar jorrar água e as gabines de som ou baterias de escolas de samba se vão pondo a postos. Depois, fecha a rumba por volta das 5, o pessoal volta para casa e descança até às 22h, que é quando as pessoas voltam todas para a rua para mais "molhadeira", música, carros de carnaval e muita comida e bebida.
E, assim, é a Rumba no Panamá, durante os 5 dias de Carnaval. Mas e como é que foi comigo...na verdade foi basicamente o mesmo.

Como já vos tinha falado a Pilar convidou-me para ir com ela e com uns amigos para Chitré, mas a verdade é que acabamos por ir para Penonomé, que ao que parece é ainda mais típico. Então lá fomos nós no Domingo de Carnaval (porque o pessoal aqui trabalha ao sábado) a caminho de Penonomé.

Quando lá chegamos deparo-me com uma terrinha cheia de gente (sob certo prisma fez-me lembrar Agosto das terrinhas portuguesas...) música, e claro, "mojadera" e cerveja.Depois de quase atropelar dois ou três, chegamos à casa onde ficámos hospedados. A casa era da tia do Daniel, o namorado da Pilar, de seu nome Dona Sofia, mostrou-se uma anfitriã perfeita.

A Dona Sofia vive numa casa tipicamente pamenha, uma casa de piso térreo com um quintal maravilhosamente bem cuidado onde debaixo de um telheiro se pode passar uma óptima tarde, balouçando numa rede embalada por uma brisa fresca de verão. Como se isto não fosse suficiente, exite ainda uma pequena piscina onde nos podemos refrescar sempre que queiramos. A casa fica na Calle Chiquita, perto do rio que passa pela cidade.

Mas fazer juz a uma festa como aquela é díficil, vou dar o meu melhor.

Vou começar pela coisa que mais me ficou an memória: os amigos. Sobre a Pilar já vos falei, mas não falei sobre o Basílio. O Basílio é o irmão da Pilar, chefe de cozinha de profissão num dos elegantes restaurantes da via España que agora me escapa o nome... mas acreditem se é na Via España é elegante. O Basílio é sempre na boa, na realidade ele é um cidadão do mundo que vive no Panamá. Sempre bem disposto, muito divertido mas livre. Tão livre que no segundo dia já tinha ido de autocarro para outra cidade, só porque lhe apeteceu...Muito fixe o Basílio.

O Daniel, que como vos disse é o namorado da Pilar. Um "muchacho" do mais impecável que há! Extremamente divertido e cómico, e foi quem me disse o que mais me tocou desde que cá estou: "La unica cosa que se queda es la amistad y la tuya ya se quedo". (A única coisa que fica é a amizade, e a tua já ficou.)......

Agora sim!! Chegou a hora de falar da minha experiência com a rumba. Em duas palavras: foi espectacular!!! Molhei-me, dancei, ri, diverti-me e...sim bebi as minhas cervejas e os meus smirnoff...é verdade, ninguém é perfeito!!!

Já agora, para além da amizade do Daniel, do carnaval sobram ainda as costas e o nariz a pelar do escaldão que apanhei e uma constipação. Mas valeu tudo a pena!!

Mas o meu carnaval foi mais, foi uma experiência cultural enorme. Em primeiro lugar, Penonomé é espectacular como exemplo da vida no Panamá, ou seja, ali cultiva-se a filosofia do "Ahorita ya voy.", isto pode querer dizer daqui a cinco minutos ou uma semana. Agora descobram....porque eu não consegui...e tirem as vossas conclusões...

E só por curiosidade, é em Penonomé que fica o centro geográfico do País. E,eu tive lá!!

Por outro lado, foi durante este Carnaval que comi verdadeira comida Panamenha.
O pequeno almoço é algo merecedor de destaque. O mais típico e comum é comer carne de vaca guisada e tortilha de milho acompanhado de "arroz com piña", que por sinal é uma das bebidas mais saborosas que já bebi.
Para além disso, o macarrão com carne e banana-pão é outras das refeições mais comuns para almoço. Mas há mais comida, existe o chouriço assado que se vende em qualquer carrinho ambulante, o platano firto (platano é uma especie de banana-pão), a carne de vaca grelhada com chilli, e muitas outras eguarias que se pode comer, e que fizeram do meu carnaval tão culturalmente rico....
Mas o interessante mesmo são os sítios onde se vende este tipo de coisas. Esse lugares chamam-se: Fondas. As fondas são o que em Portugal se chamariam de tascas, mas que para os panamenhos são os restaurantes que têm a comida mais apreciada. Na realidade, elas são muito concorridas, a comida é de facto saborosa, mas eu preferi nem saber onde nem como é feita. Limitei-me a comer....

Sim o meu carnaval foi memorável, mas há um pequeno detalhe que se passou na nossa viagem de regresso que creio ser uma autentica pérola. Fomos mandados parar pela polícia porque alegadamente íamos em excesso de velocidade. Bem depois de ter estado a encher chouriço o polícia calou-se ficou ali com o Daniel um pouco mais retirados.
Foi então que o Daniel de forma muito discreta saca de uma nota de UM dolar. O polícia olhou para a nota, o Daniel deu-lha, e o polícia devoldeu-lhe os documentos e mandou seguir. Sim o Daniel suburnou um Polícia com UM DOLAR...!!!!

E chegamos a casa na quarta-feira, cansados é verdade mas muito contentes por termos tido um Carnaval tão memorável.

Obrigado por tudo