segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E porque já o devia ter feito....

E porque já devia ter feito este post, ficam aqui as minhas mais sinceras desculpas aos internautas que seguem esta pequena maravilha do mundo virtual, que é como quem diz, o meu blog!

Veio-me de forma subita à cabeça, que deveria ter feito alguns posts enquanto tive nos EUA. Afinal, agora já não conseguirei reproduzir detalhes ou pérolas que na altura me pareceram, certamente, extraordinárias. Enfim...

É verdade, estive nos EUA. Acredito que muitos já soubessem disto por terem acompanhado a minha viagem através de outros meios, como é o caso de uma rede social que começa com Face,  e acaba com Book.

Porém, poderei dizer que dos Estados Unidos da América ficou na minha memória mutias coisas. A primeira, talvez seja a sensação de não conseguir por mais que esforce pensar que já tive em locais como o topo do Empire State Building, ou o Walk of Fame, ou o Ceaser Palace, ou o Grand Canyon...são simplesmente demasiados lugares, vislumbres e sensações, para que um simples ser como eu, os consiga gerir de forma concreta e firme. Simplesmente, não consigo....


Mas hoje apeteceu-me escrever só porque estou feliz. Não sei muito bem explicar porquê, ou talvez o meu eu até o saiba, mas a minhas mãos não o percebam...mas deu-me um rasgo de loucura, ou talvez antes de lucidez, e decidi escrever aqui qualquer coisa.

Gostava de escrever algo mais sonante, com mais sentido, ou mais descritivo. Afinal os blogs são pequenos jornais das vidas de cada um, mas não me apetece. Apetece-me dar largas às minhas mãos e não filtrar muito para onde os dedos se dirigem.
E, já sei...

Já sei que vão dizer que tem erros, e que as frases são desalinhadas e as ideias desconjuntadas...

Mas, francamente, estou-me nas tintas!

AH! Tenho que partilhar algo: fui ao ginásio!
Eu sei, parace banal, mas para alguém como eu com uma tendência melodramatica, e com um complicómetro capaz de fazer inveja a qualquer cálculo da Física Quântica; ter arranjado forma de ir ao ginásio a uma dia de trabalho é algo merecedor de ser posto aqui! Prontro já partilhei!

Com toda esta conversa fiada que mais parece uma manta de retalhos saída directamente da mente de alguém cujo lar é um sanatório, há pelo menos trinta anos; só quiz provar que isto aqui não estava completamente morto. Apesar da renascença não ter sido grande coisa...Mas lá esta, tal como me apeteceu escrever, agora já não quero mais...

A criança fartou-se do doce, e acaba de o pôr de lado...

Como de costume:

Aquele abraço


Obrigado por tudo

sábado, 17 de abril de 2010

O verdadeiro lado do amuleto da sorte...

Poderia explicar o título que dei a este post, mas permitir-me-ão o silêncio, na expectativa de que quem saiba o significado, seja a quem dedico este texto.

Seriam necessárias muitas linhas, e muitas mais páginas, para que eu pudesse contar a história detalhada da época que agora termina do Carnide Clube. Por isso, decidi fazer este post sobre o que me ficou, e não sobre o que verdadeiramente aconteceu.

Aparte: estou a escrever agora por cheguei há pouco tempo a casa, e tal como uma vez me disseram, ou as coisas se fazem já, ou já não se fazem...Como a foto de grupo meninas...essa viverá somente na memória de cada um de nós...

Mas retomando a conversa, este post refere-se a uma espaço temporal que vai desde o dia do ínicio da época até ao dia de hoje. Na realidade é para mim díficil de estabelecer uma linha cronológica para tudo isto...mas vamos então ao que interessa.

E o que interessa, é que esta foi para mim uma época excelente. Talvez não saibam disto meninas, mas mais do que terem ganho, perdido ou simplesmente jogado jogos de futsal, voces ocuparam um lugar na agenda da minha vida que de tão vazia que está até os dias se confundem.

É verdade, aquilo que começou por seu uma tarefa de cortesia, ao ir ver os jogos da Pitbull, cresceu, tornou-se mais forte, converteu-se em vício e depois em necessidade!

Talvez seja como disse o Fernando Pessoa: "primeiro estranha-se e depois entranha-se".

Talvez...tenha sido isso...

Mas para mim foi ainda mais! Foram as conversas fiadas durante os jogos, e depois dos mesmos... Foram os sons das gargalhadas provocados por uma qualquer trivialidade que me ficaram... Foram, em poucas palavras, o conhecer de uma grupo de pessoas todas diferentes, e nunca todas iguais, mas que se reuniam por uma e uma só razão: o prazer de jogar à bola.

E minha gente, voces tornaram-se tão grandes na minha existência, que de resto é capaz de entediar até o mais existencialista dos autores, que dei por mim a fazer coisas que jamis me haviam passado pela cabeça: assistir a todos os jogos que foi possível, e ainda ficar triste por não ir aos restantes; gritar "chuta!" de uma bancada de pavilhão desportivo (OH Meu deus! Como tal atitude era recondita em mim antes deste grupo de pessoas todas diferentes, e nunca todas iguais, mas que se reuniam por uma e uma só razão: o prazer de jogar à bola!), etc.

E depois deste churrilho de babuseiras, vem a melhor parte: a aceitação que recebi todas e cada uma de vós!

Muito obrigado por isso... e por tudo o resto!

Pelos momentos sofridos, pelas alegrias das vitórias, pela coragem de enfrentar as derrotas, pelos convites para jantar, pelas gargalhadas que dei, pelas histórias perolescas que escutei...enfim, obrigado por tudo o que disse, e por tudo o que me escapa aqui, neste momento, da memória...


E vou terminar, o texto vai largo, e a minha veia pseudo-freudiano-melancolica vem à tona cada vez que escrevo mais que três linhas seguidas...

Apenas quero dizer que nesta foto não se veêm os rostos, mas sim os bons momentos de um grupo de pessoas todas diferentes, e nunca todas iguais, que se reuniam por uma e uma só razão: o prazer de jogar à bola!

A todos aquele abraço!

Obrigado por tudo.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Grito

Apeteceu-me por aqui um poema com que me identificasse, ando para o fazer há algum tempo. Mas não queria algo liríco do Fernando Pessoa ou de Cesário Verde, que afinal de contas são os meus poetas favoritos.

Escolhi Amália Rodrigues, uma pessoa que sempre admirei e que tenho vindo a descobrir nos últimos tempos.

Grito

Silêncio!

Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.

De sombra a sombra
Há um Céu...tão recolhido...
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.

Ao céu!
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.

E eu,
A quem o céu esqueceu
Sou a que o mundo perdeu
Só choro agora
Que quem morre já não chora.

Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira...
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura.

Ai, solidão
Quem fora escorpião
Ai! solidão
E se mordera a cabeça!

Adeus
Já fui para além da vida
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede.

Adeus,
Vida que tanto duras
Vem morte que tanto tardas
Ai, como dói
A solidão quase loucura.

Obrigado por tudo