terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Obrigado Ano Velho vs Feliz Ano Novo
Foi tudo fantástico, surreal e magnífico. Talvez não tenha sido grandioso, mas foi sem dúvida um ano atípico.
Realizei projectos, passei muitos obstáculos e consegui chegar a lugares onde nunca pensei ir, fossem eles físicos ou simplesmente estados de alma.
Enfim, fiz e aconteci. Foi tema de conversa e outros tanto gerei. Foi um bom ano.
Mas não o teria sido sem o apoio incondicíonável dos que me rodeiam, dos que de uma ou de outra maniera me foram empurrando e dando força. A todos eles obrigado por tudo e desculpem lá qualquer coisinha.
(Espero que relativizem o que estou a escrever, afinal até o Facebook diz que tenho tendência para a melancolia)
E a verdade é aquela e mais nenhuma. Obrigado por estarem sempre lá, pela impotância, ainda que momentânea, deixou um cunho na minha memória. E afinal como diria a nossa Rainha Mariana Vitória de Bourbon: "hão-de passar 100 anos pela minha memória" para que os detalhes se apaguem pois os acontecimentos, esses nunca. Esse vão lá ficar sempre.
Obrigado por tudo amigos.
Contudo, nos últimos tempos valores mais altos se têm levantado pelo que a minha atenção para convosco tem sido cada vez menos constante. Mas, a lembrança não. Essa está sempre lá. Lembro-me de todos e de cada um, a cada dia. Lembro-me de vocês para além do tempo. Para além da morte.
É, então, devido a esta profunda gratidão que lhes escrevo. Não apenas hoje, mas sempre.
E agradeço a todos as mensagens a convidar para um café, os telefonemas de horas para o outro lado do mar, as inumeras alterações de agendas provocadas pela minha vida demasiado atribulada; em resumo agradeço a disponibilidade constante para me ouvirem, fazerem companhia...enfim aturarem-me.
Assim, e no final, quero simplesmente desejar um bom ano novo cuja fartura seja pelo menos o dobro da daquele que acaba. Vençam na vida!
Obrigado por tudo
domingo, 13 de dezembro de 2009
Frases grandes e pontuação desordenada.
Afinal isto não morreu de todo. Havia meses que por aqui não passava, mas hoje simplesmente apeteceu-me escrever. E tal como disse havia meses que aqui não vinha portanto acho que vou tentar escrever algo que seja minimamente interessante mas não termine sendo um pseudo-ensaio, que não mais viria a ser que um ensaio melancólico.
Ocorreu-me neste instante e preciso momento que há uma coisa que me têm dito que é capaz de vir a ser verdade: que escrevo mal porque não sei utilizar a pontuação. Estão provavelmente correctos. Não se notou já?
Mas voltando aquilo que tenta ser uma pseudo-tentativa de reanimação disto, até porque o ano está acabar e eu não queria que este blog fosse nenhuma das seguintes coisas: um diário inerte de uma experiência já passada, uma amalgama de desabafos e pseudo-ensaios melancólios (para os quais tenho uma inclinação que é, de resto, notória), nem uma obrigatoriedade que de uma forma ou de outra se torna quase um gerador de stress como se tivesse numa redação de revista auto-incutida.
Enquanto escrevia o parágrafo anterior, ocorreu-me outra coisa qualquer mas já não me lembro o que era. Este fenómeno de me andar sempre a ocorrer coisas deve dar razão ao meu professor de IDES no 12º ano, quando este me chamou ideota. Segundo ele, é por ter muitas ideias.
Entretanto, perdi-me. AH! Vim aqui escrever hoje, não porque alguma coisa de extraordinária se tenha passado mas simplesmente porque me apeteceu falar com alguém, e como os pequenos-almoços sociais passaram de moda ou, então, eu é que sou madrugador; decidi que iria escrever alguma coisa sobre outra qualquer coisa no meu blog. E esta frase está tão grande que nem sequer eu a percebo bem...
E a esta altura, já se estarão todos a perguntar se eu não terei mesmo um trauma com a pontuação. Pois, se calhar estou a cria-lo. Mas, deixei-me que vos diga que vocês também não têm muito que fazer, para terem continuado a gastar o vosso tempo com um texto debitado à pressão por um tipo que como pensa tão depressa, os dedos trocam-se nas teclas e algumas palavras acabam por nunca serem escritas. (é caso para dizer que são palavras que nunca vos direi).
Comecei a trabalhar no passado dia 2 de Dezembro, dei os parabéns à Cibellis (não sei se a própria conseguirá algum dia saber a quem me refiro, mas este foi o seu primeiro nick dos tempos do MIRC, com net a 124kbs), fiz anos no dia 10 e assinalei o dia com uns amigos e um bolo que mandei fazer numa pastelaria que fica perto do escritório.
Olhem para este Post, parece que entrei em transe (transe é com Z ou com S? Não sei, nunca escrevi isso antes, e também não me apetece ir ver) depois de ter sido possuído por um demónio qualquer, que deve de ser parente da Margarida Rebelo Pinto. (escrevo cada vez mais rápido..mas o que é que vem a ser isto).
Sabem que mais, não me interessa. Já fui acusado de tanta coisa, que receber o rótulo de escritor medíocre que dá erros ortográficos aos montes e que escreve frases grandes, sem pontuação correcta e possuído por um demónio parente da Margarida Rebelo Pinto, não me importa minimamente.
Depois deste acesso de loucura ("ousso dizer, mas bendita esta loucura" como diria a Mariza). o que estava a dizer eu? já me perdi outravez? Chegou a altura de dizer uma coisa: peço desculpa por todo o tipo de erros que aparecerem neste post, mas não vou reler nem corrigir senão irá perder o significado. Pelo menos para mim.
Fui interrompido por uma subita janela que está para ali a piscar. É aBalkys! (No Panamá são 6 da manhã, deve de ter chegado agora, ou então levantou-se cedo.) Estamos a falar de todo e de nada, na realidade acho que estamos os dois a matar tempo. Não faz mal.
Este "não faz mal" fez-me lembrar uma coisa que me passou que vos parecerá ridículo, mas me marcou muito. Uma coisa banal. (ainda bem que escrevi banal, é uma palavra frequente no acontecimento que me ocorreu. Não utilizei já ocorreu hoje?)
A janela está a piscar. Já cá venho. (nos entretantos ousso na minha mente a voz da Raquel a dizer: aquilo não se percebe nada. porque não se distingue o que é texto ou pensamento própiro. Ou então há dizer algo semelhante a isto, ou então nem nunca há-de aqui vir ler nada.) Janela a piscar.
Já foi dormir. Para quem se perdeu, estava a falar com a Balkys.
Há mais ou menos 4 parágrafos atrás ( que em unidade temporal não faço ideia quanto seja, mas não deve de ser muito), apresente-vos um pequeno resumo da minha vida. Escapou-me pelo meio aquilo a que há três parágrafos vos apresentei como "coisa que me marcou muito".
"Há palavras que nos beijam"
Alexandre O'neill escreveu este verso num dos seus poemas. E tal como um livro, um filme ou simplesmente algo Banal que nos beija, também a mim houve uma coisa que mudou a minha forma de olhar para determinado tipo de coisas.
Esa coisa chama-se: O ano do pensamento mágico, de Joan Didion.
Apetece-me falar disto.
"O ano do pensamento mágico" (não gosto de pôr as aspas, parece que dá um distânciamento ao título que eu preferia que não existisse) de Joan Didion é um livro que foi posteriormente adaptado para o teatro e que actualmente está em cena no Teatro Nacional Dona Maria II. Antes de mais, dizer que é um monólogo interpretado por Eunice Muñoz que só por si já tranforma até um post como este que não vale a ponta de um chavelho (o júri dos ídolos andanva sempre a dizer isto), numa obra prima da arte dramática.
De volta ao "O ano do pensamento mágico" (a propóstio, comprei logo o livro depois de ter ido ao teatro), não é mais que o relato de uma mulher que se sentou à mesa para jantar e que vê a sua vida como a conhece terminar. Na verdade o seu marido perdeu a vida num acidente coronário súbito à mesa de jantar naquilo que poderia ter sido um dia Banal (para a autora a existência da palavra banal é muito polémica, pois segundo ela tudo começa por ser um dia banal até ao momento em que o deixa de ser). O dia poderia ter sido Banal, mas não o fora. Não só porque o seu marido perdeu a vida de forma súbita mas porque a sua filha se encontrava hospitalizada com um choque séptico, e que viria a falecer pouco depois do pai.
(Parece mentira, mas eu até ir ao teatro ver uma peça que celebra os 80 anos de carreira da grande Eunice Muñoz, não sabia o que era um choque séptico. Agora já sei: O choque séptico é uma doença na qual, como resultado da septicemia, a tensão arterial baixa a um nível tal que pode pôr a vida em perigo. By Manual da Merck)
E então, pronto. O livro é o relato dessa mulher que se senta à mesa para jantar e perda a vida que tinah até então. É apaixonante, e efectivamente sábio. Creio que aprendi muito ir ao teatro naquela noite de 21 de Novembro (acabo de fazer um esforço de memória terrível para saber o dia exacto de quando fui ao teatro).
Já não escrevo tão depressa, nem me sinto invadido por um demónio aparentado com a Margarida Rebelo Pinto. Mas não me apetece parar.
Creio que aprendi muito com o texto da Joan Didion porque O Ano do Pensamento Mágico para ela foram os dias que passaram entre a morte da filha até ao dia em que assinalou o primeiro ano após a sua morte. (não teria sido mais fácil explicar isto dizendo simplesmente que foi o ano que se seguiu à morta da filha??)
Foi nesse espaço de tempo que segundo a autora teve de saber lidar com situação e que quando chegou a altura de assinalar o primeiro aniversário da perda da sua família, ela teve que encerrar o seu ano de pensamento mágico.
Sei que mudou a forma como vejo as coisa, mas não sei como explicar muito bem por palavras como. (Já deram conta , não já?)
Não interessa. Vou voltar à minha veia de Light, para ver se dou um fim a este post. Afinal já lá vão duas horas e tanto a escrever. Xiça! Estou a ficar bom nisto!! Ou não.
Há não sei quantos parágrafos atrás, e há mais tempo ainda, fiz um pequeno resumo da minha vida no últimos tempos. É verdade. Já comecei a trabalhar e estou a gosta. Trabalho na ActOne. Ainda não temos site mas vamos ter e faço estudos de mercado para o sector farmacêutico.
As frase estão mais curtas, creio que é porque de um momento para o outro as ideias estão a sair-me de forma menos fluída. Talvez seja hora de parar e voltar mais tarde ou depois.
Sim, talvez seja a hora de parar.
Entretanto já voltei a ler isto. Que grande salada de palavras mal ordenadas, naquilo que supostamente seriam frases. Que de resto, são sempre longas, ou mal pontuadas. Se calhar falta-me jeito para isto!!
Sim, está na hora de ir, mas faltou-me um pormenor. Lembram.-se do "deixa estar" que vos falei à pouco, pois bem é uma das frases que Joan Didion diz que empregamos frquentemente, mas que nunca cumprimos. No sentido em que nunca "deixamos estar" alguma coisa, ou seja, acabamos sempre por nos preocupar.
Gostava de ter dado outro finala outro blog, mas não sei o que idzer mais, as ideias foram-se. Estou a sentir uma espécie de sentimento parecido ao de uma criança que se fartou do brinquedo.
Bem se houve alguém que consegui ler isto até ao fim. Muito obrigado.
Mas não tiveram mesmo mais nada para fazer???
É melhor ir andando. Façam perguntas, sempre tenho assunto.
Obrigado por tudo
sábado, 8 de agosto de 2009
Estou de volta....
Falo-vos do Banalidades (pseudónimo virtual). Com uma contribuição discreta e sublime, Banalidades nunca perdeu a oportunidade de escrever uma ou outra linha para me encorajar.
Conforme disse tropessámos um no outro hoje, à porta de supermercado e Ele disse-me: "Devias de por no Blog que já chegaste, para que as pessoas te possam congratular."
Pois bem, aqui está: Já Cheguei!
Vou regressar? Não.
Tenho saudades? Muitas.
Se fiz amigos? Sim, e daqueles como dizia o Cesário Verde "para a vida e para a morte".
Se foi bom? Excelente.
E agora? Agora há que retomar tudo o que é bom de guardar, deitar fora o que não presta e esperar pela reentré do próximo ano, onde novos projectos aparecerão. Espero eu.
Embora, tenha adorado ter estado fora, creio que regressei num bom momento porque é bom rever e refazer coisas tão banais como comer bacalhau com todos a boiar em azeite, ou ouvir o nosso nome na rua quando nos cruzamos com algum conhecido.
Ou simplesmente dar um beijinho de boa a noite à minha mãe depois de mais um dia riscado no calendário.
E pronto, Obrigado a Todos por Tudo.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
E agora o futuro chegou ao fim.....
Foi bom, foi muito bom trabalhar nesta casa. Mas tal como quando saí de Portugal, a única certeza que tinha era que regressaria no dia 19 de Julho. Pelo que hoje dia 17, será provavelmente a última vez que vos escrevo do Panamá. Panamá?!? não foi esta a palavra mais presente na minha nos último 6 meses...e que agora se escapa por entre um check-in de avião que teima em aproximar-se.
E, eu sei que deveria estar a fazer um balanço todo animado, mas a emoção não mo permite. E tal como aprendi no Panamá, pela boca de Zinia Balkys English, "as coisas ou se fazem já, ou já não se fazem."
Portanto decidi aproveitar para dizer o que me vai na alma, porque depois não seria espontâneo, não seria verdadeiro, não seria eu...seria "uma racionalização de mim mesmo" (by Fernando Pessoa).
Assim que, a minha estadia aqui foi demasiadamente boa para ser verdade, principalmente a nível profissional. Não interessa se não fico no Bial, mas sim o que levo guardade na gaveta da memória. Bolas! os olhos molham-se!
E na minha memória vai para sempre ficar um grande obrigado, e um até já a esta terra de gente quente e coração na boca...Sim hão passar muitos séculos pela minha memória para conseguir esquecer o Panamá!
Não vou mentir, quero rever as pessoas que estimo...a minha mãe (há-de sempre ser a mior e mais bonita pessoa do mundo), a minha irmã Filipinha (houve um dia em que lhe chamei Pipocas, o que foi feito desse tempo?), o meu pai (temos uma estranha forma de amar, mas o sangue falará mais alto!), e tantos outros...a Raquel (oh! miúda que saudades...), Madalena ( o meu grilinho falante...), Candeias (a "Amiga para a vida e para a morte"), Xexas (porque há pessoas que não se esquecem), o Pedro (porque ha pessoas como eu que continuam a dar murros em ponta de faca, para ver se faço dele alguém)... entre outros.
E há mais coisas das quais tenho saudades: pasteis de nata numa pastelaria, calçada portuguesa, etc...
Já estou mais contralado. Melhor!!!
Não me ocorre nada mais para escrever...com a excepção do seguinte: sair do Panamá é uma emoção...se é boa ou má não sei....
Mas fica a pergunta...e agora? será que o verso vai continuar em branco?
Obrigado por tudo
sábado, 4 de julho de 2009
Fuerte sismo sacude a Panamá
"El Servicio Geológico de Estados Unidos señaló que el movimiento telúrico se registró a las 01:49 de la madrugada (0649 GMT) a una profundidad de 43 kilómetros y epicentro en El Porvenir, 95 kilómetros al noroeste de la capital panameña."Se ha sentido muy fuerte", dijo a RPC radio el director del Sistema Nacional de Protección Civil (SINAPROC), Arturo Alvarado. "No tenemos todavía reportes de afectaciones".
Tive uma noite emocionante, mas assustadora...
Obrigado por tudo
P.S.: Este é o primeiro post da curta história deste blog na língua de Cervantes.
P.S.2: 15 days to go...
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Para não dizerem que não escrevo nada...
Dizem as directivas que os artigos por nós escritos para a AICEP devem de ser isentos e concentrarem-se nas oportunidades do mercado em que estamos, e blábláblá...
Mas sobre isso toda a gente escreve. Portanto, eu decidi escrever sobre a forma como eu vejo o Panamá, e saiu isto...abri com o seguinte título:
"O Istmo de cabo-a-rabo"
Queridos amigos, caros colegas, estimados conhecidos, pessoas em comum,
Ir do Atlântico ao Pacífico significa para a maioria de nós ir de um lado ao outro do Mundo. Pois bem, tenho a dizer que a AICEP fez-me descobrir que para aproximadamente 3 milhões de pessoas, fazer tal coisa significa pegar no carro e conduzir ao longo de pouco mais de 80km de estrada.
Isto pode não parecer grande coisa, mas se repararmos bem, vamos ver que nesta terra entre as duas Américas e dois Oceanos estão concentradas heranças e influências de todos os cantos do globo.
A esta coexistência pacífica de raças, costumes e culturas, eu resolvi chamar de "Panameño way of life". Suponho que se estejam a interrogar porque razão é que decidi misturar dois idiomas numa expressão tão curta. A razão é simples.
O modo de vida desta gente lutadora e “de coração na boca” é baseado na diversificidade da sua cultura. Se por um lado herdaram do colonialismo espanhol a língua, a alegria, a hospitalidade e a sua espiritualidade; por outro lado, herdaram das décadas de domínio económico norte-americano o capitalismo, a comida, os carros, as casas, etc. Em poucas palavras: de Espanha veio a parte intangível do seu estilo de vida, e dos Estados Unidos da América ficou a parte mundana do dia-a-dia. Assim, não é de estranhar que a meio de uma conversa apareça uma ou outra palavra da língua de Sua Majestade, como o propósito de sinónimo para um termo que seria demasiado corriqueiro na língua de Cervantes.
Aqui, o choque de estarmos num país diferente começa no momento em que se abre a porta do avião: o calor. Nos primeiros dias desesperante e asfixiante, nos restantes banal e de importância relativa...tornando 30ºC de temperatura ambiente um elemnto comum do quotidiano.
Num país onde o relevo dificulta a comunicação terrestre e o excesso de precipitação a torna ainda mais difícil, é normal que se possa encontrar lugares tão remotos cuja existência no nosso intelecto se devia, somente, ao cenário de uma produção cinematográfica baseada na história de um qualquer protagonista de aventuras.
Por outro lado, se da cidade a imagem que fica na nossa mente é a de um skyline que desafia a engenharia civil, onde as torres de betão e vidro parecem disputar entre si o título de “a mais alta”; do norte fica a imagem de um verde vivo e de montanhas que se perpetuam no tempo. Já o sul, emana vento húmido da floresta tropical e a letargia derivada da possibilidade de poder passar o dia numa pequena ilha rodeada de um azul que começa por ser celeste, mas que o horizonte vai convertendo em sarifa.
E as gentes deste lugar? Bem, essas vêm de todo o lado..da China vieram aqueles que carregados de um empreendedorismo singular acabaram por dominar o pequeno comércio de rua. Do Caribe chegam diariamente os que possuindo somente a força dos braços lutam de de sol-a-sol por uma vida melhor. Com o mesmo objectivo há aqueles que deixaram para trás o hemisfério sul. Do norte, mais a norte que o México, chegam os que já contribuíram para o desenvolvimento do seu país e procuram o murmúrio de um mar de olhar quase langue ao entardecer. Outros ainda recém-chegados da Europa e da Ásia são transportados por táxis e por detrás dos seus vidros fumados observam atentamente as oportunidades de negócio, como quem contempla uma jóia em bruto, por laminar. Finalmente, há ainda, aqueles que apesar da diferente fisiologia têm em comum o facto de terem como Pátria a República do Panamá.
Deste modo, o Panamá parecce-me, a mim, um país marcado pela diferença que sem ter a necessidade de estar tipificado corre constantemente atrás de uma identidade própria. No entanto, quando chegamos ao final voltamos ao ínicio pois essa identidade derivará de uma amalgama de pessoas, raças, costumes, crenças, culturas e hábitos.
É por todo isto e muito mais que eu recomendo vivamente virem até ao Panamá.
Eu vim. E gostei."
Obrigado por tudo
terça-feira, 19 de maio de 2009
O prometido é devido
Começo pelo lugar onde dormi em San josé
O vulcão de Írazu, é um lugar intrigante....
terça-feira, 12 de maio de 2009
Tem que sair do País!
terça-feira, 21 de abril de 2009
Páscoa diferente
E passeámos muito! Fomos a uma série de lugares...
3. AS "Esclusas de Miraflores", que são nada mais nada menos que a entrada oriental do Canal do Panamá. Uma paragem obrigatória para que visita as terras do Istmo das Américas.
Os Kuna Yala são um povo que vive na costa do Atlântico do Panamá, governam de forma autonoma as 365 ilhas que foram o arquípelago de San Blas. Vivem de uma economia local e de subsistência e, acutalmente, também do turismo. Contudo, conservam as suas raízes e o seu modo de vida, em San blas ainda não há hoteis, resorts, ou até mesmo casas de banhos...bem há uma espécie...!
Na verdade San Blas é um lugar único...indescritível, surreal...e desculpem o estrageirismo mas é: "One of a kind".
E nós estivémos lá!
Senhoras e Senhores, Dams e Cavalheiros apresento-vos o lugar mais remoto e extraordinário onde já estive: San Blas
Chegar lá é uma aventura, podem acreditar, a estrada é uma autêntica montanha russa para carros, melhor para Jeeps porque é impossível lá chegar de outra forma...(como se diz no Panamá: "boco aventura!"), mas é no alto dessa estrada pelos confins do mundo que se pode admirar toda "La Codillera".
(e pelo meio depois aparece este lindo rio, que temos que atrevessar...para que saibam, não há pontes...)
Chegamos ao final da estrada e é isto que vemos...água, e mais mato....
E depois, esperamos, até que venha um barquito, mais ou menos como este e nos leve...sabe Deus para onde....
A minha Páscoa foi assim..diferente...mas, acima de tudo, memorável....
Obrigado por tudo
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Taboga
Foi em nesta pequenas mas bonita ilha de Taboga que terá nascido Santa Rosa Lima, padroreira das Américas e a primeira pessoa a se canonizada deste lado do Oceano.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Vamos a El Valle! Ou não....
Bem, mas havia vários pontos a considerar:
1.Quem vai?
Naquele momento era somente eu e a Balkis...mas assim que participamos ao pessoal, houve logo mais dois aceitantes. Fixe!
2. Como lá chegamos??
Aqui surgiu um monte de indecisões: "o meu carro é velho", "eu não gosto de conduzir..", etc...na realidade ninguém sabia como lá chegar, quando eu dou a ideia chave: "Alugamos um carro!"
A ideia foi aceite por unanimidade. Fixe, outra vez!
Comecei em então a convencer-me que iria finalmente sair da cidade do Panamá e conhecer um bocadinho mais deste país. Estava tudo perfeitamente delineado: saímos sábado as 12h da Cidade, uma vez que havia uma rapariga trabalhava sábado; entretanto, sábado de manhã alugávamos o carro, passávamos a buscá-la e saímos para El Valle; acampávamos num parque de campismo que a Balkys já conhece, íamos à Índia Dormida, à cascata do LLoro del Macho, estavamos de regresso a Cidade no Domingo por volta da hora de jantar.
E, sábado amanhece...Levanto-me todo excitado por ir passear, a Balkys chega e lá vamos nós alugar o nosso popi!
Chegamos à agência. surge a pergunta: "Quantos anos tem??
22, porque?(FATAL!)
Porque somente alugamos veículos a pessoas com mais de 23.
E se for a minha amiga?
Bem se for a sua amiga terá de ser com o cartão de crédito dela...e blablabla"
Ok, Balkys saca do cartão de crédiro! E de novo outra deixa fatal:
"Não está autorizado!",
Bem fomos ao banco para depositar dinheiro na conta da Balkys e somos informados que levava 48horas a ficar disponível! (Welcome to Panamá)
Ponto de situação: eu não podia alugar o carro porque não tinha idade, a Balkys tinha idade mas não tinha dinheiro...moral da história: não podíamos ir a EL Valle.Como estávamos demasiado chateados para fazer o que quer que fosse, fomos afogar as nossas mágoas num almoço diferente: Mcdonalds! (que emocionante.....), enquanto nos esquecíamos que os nossos planos saíram furados, alguém fez a pergunta que pairava no ar: "Que vamos fazer? e o nosso fim de semana?"
"Podemos ver um filme em minha casa" (waw que emoção...boa ideia Tozé... mas foi o que fizemos)
Depois de dois filmes e de ter assaltado a cozinha uma resma de vezes, estava eu a folhear o guia do Panamá e faço a seguinte declaração: "Gostava de ir à Ilha de Taboga." Passou uns segundos,e houve um silêncio generalizado que fazia parecer que ninguém me tinha ouvido. Até que a Balkys se levante e diz toda animada: "Taboga, Boa ideia! Vamos lá amanhã!" (AHN?? foi só uma sugestão...mas também)
E sabem que mais...fomos mesmo e foi muito agradável...O nosso fim de semana que estava prestes a tornar-se a coisa mais aborrecida do mundo, acabou por ser um dia muito animado na Ilha de Taboga, que fica a 40min de ferry.
By the way, em Taboga há 3 coisas: praia, comida e bebida....
sábado, 14 de março de 2009
Era uma vez uma menina...
Essa força de vencer vem de um interior rico em sentimentos e princípios, e acima de tudo de uma sensibilidade minuciosa que lhe confere um carácter único. Decidiu fazer uso dessa capacidade de ultrapassar obstáculos e ingressou na Marinha de Guerra Portuguesa em 1998. Desde esse ano a vida tem-lhe pregado muitas partidas, mas nunca, nem por um instante, se atreveu a pará-la ou a tirar-lhe o sucesso profissional e pessoal. Não seria possível...
Agora essa menina alegre que se tornou uma mulher forte, prepara-se para mais uma aventura. Está de partida, tal como um dia o seu povo o fizera, vai para o NOVO MUNDO, descobrir novas gentes e lugares, vai crescer ainda mais e dar de comer à fome de vitórias com mais um desafio.
Esta menina chama-se Ana Margarida, e é minha irmã.
Aquele Abraço Guidinha
quarta-feira, 11 de março de 2009
Uma história de vida para contar no futuro...
Já vos falei do Jéremy Marie, e também já vos disse que já lhe aconteceram coisas do arco-da-velha. Mas o que ainda não vos disse foi que ele anda há 18 meses a viajar somente pedindo boleias, com o objectivo de provar que é possível encontrar boas pessoas capazes de nos ajudar sem pedir nada em troca. E para o Jéremy nada é mais eloquente que dar boleia a um desconhecido.
Saiu de França em Outubro de 2007, e já fez todos os Balcãs, Médio Oriente e África. Quando chegou à Cidade do Cabo, pediu uma boleia a um barco e pronto veio parar ao Panamá. (fácil!!)
Agora que está na América, prevê que fique por cá dois anos até conseguir ir a todos os lugares que quer. E depois, nada mais lógico que voltar a pedir uma bolei a um barco outra vez, desta vez para a Austrália! (fácil!) E daí recomeçar a sua viagem em direcção à Ásia e, depois sim, regressar à Europa. Tudo isto está a pensar fazê-lo em 3 ou 4 anos mais.
Se houve coisa que me impressionou no Jéremy, foi o quão bem preparado está, o seu nível de planeamento vai até ao mais pequeno detalhe de toda a sua viagem. Tem um orçamento de $7 diários, e cada vez que lhe perguntam se consegue comer e ainda arranjar um sítio para dormir, ele responde: "comida barata há em todo o lado, e lugar para dormir também". Como se isto não fosse suficiente, carrega consigo somente uma mochila. (Sim, eu sei, estão a pensar que o homem é uma mochila andante...enganam-se...a sua mochila é pouco maior que uma mochila de escola normal. Na verdade acho já tive mochilas de escola com aquele tamanho.)Nela cabem somente roupa para uma semana, dois pares de ténis, uma bolsa com bens de uso pessoal e carregador de telemóvel.
Desde dormir na beira de uma estrada em África, até ser empregado de mesa num ferry do Nilo (para não ter que pagar o transporte), ao Jéremy já lhe passou de tudo. Acreditem que ouvi-lo falar é algo de extraordinário e pode converter-se numa coisa muito inspiradora. Já várias vezes foi convidado por rádios e televisões locais para ir falar sobre a sua viagem, já foi retido pela polícia...já, já, já...sobre o Jéremy há muitos "jás"!
O seu projecto chama-se "Un Coup de Pouce autor du Monde" (a mão ao redor do mundo), e está disponível em http://www.lembas.ovh.org/.
Tal como o Jéremy costuma dizer, está a criar a sua "história de vida para a contar no futuro". Boa sorte Jerémy!!
Obrigado por tudo
CoushSurfing
No entanto, a rede CSurfing tem como fundamento um sistema de referências mutuas que confere às pessoas que acolhemos ou que nos acolhem um nível de credibilidade maior. Todavia, não deixa de ser uma coisa um tanto ao quanto diferente para nós. Para mim ao princípio pareceu-me uma autentica "maluquice", alguma vez na minha vida eu pensei em por a dormir em minha casa um estranho...só porque havia uma rede de referências e blábláblá, é que nem pensar!!!
Pois é meus amigos, o Panamá mudou-me de tal maneira que até por estranhos a dormir em casa eu já fiz! E sinceramente foi uma experiência interessante. Creio que tive sorte pois toda a gente que conheci da rede CSurfing era 5 estrelas. Na verdade, só uma pessoa é que ficou a dormir em minha casa e passámos uns dias muito agradáveis sob vários pontos de vista.
Em primeiro lugar, e sob um ponto de vista mais quotidiano, quando chegava a casa sempre tinha alguém com quem falar e, sempre nos ríamos um bocado.
Em segundo lugar a sua experiência de vida é de tal maneira vasta que nunca me cansei de ouvir as suas histórias. E já lhe aconteceram coisas do "arco da velha".
E em terceiro lugar, sempre é algo diferente, principalmente a companhia ao domingo. De facto, é bom ter companhia ao domingo quando estamos longe de Casa.
É provável que existam um quarto e um quinto lugar, e por aí a fora, mas de momento não me recordo.
O meu primeiro hospede chama-se Jéremy Marie.
Obrigado por tudo
sexta-feira, 6 de março de 2009
Cidade Perdida
A História e o povo chamaram-lhe "Panamá La Vieja".
terça-feira, 3 de março de 2009
Panamá Viejo (Fotos)
Para além de viajar no tempo, Panamá Viejo também serviu para que tivesse mais uma experiência Couchsurfing, nesse dia saí um a Alejandra da Colombia e com Johanna daqui do Panamá, foi divertido mas poderia ter sido mais se não tivesse sido o excesso de pluviosidade.