quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Agora é que é... mas tenho quem me ajude...

Agora é que é, estou oficialmente sozinho no Panamá desde segunda-feira,ou seja, o Hugo voltou para Portugal nesse dia.
E fiquei eu, com tudo o que isso traz por arrasto: o medo, a ansiedade, a vontade de voltra, a de ficar, a de fugir, a de viver isto ao máximo...
Por outro lado, este é momento de vos falar da minha rede social neste istmo entre as Américas.

Vou começar por aquele que mais me ajudou nos primeiros dias: o Hugo. Sei que já voltou para casa, mas durante o tempo que cá esteve foi 5 estrelas comigo. Em primeiro lugar tratou de eu ter uma casa, depois tratou de me enturmar com algumas pessoas e apresentou-me uma ferramenta extrordinária para combater a solidão, Couchsurfing. O Couchsurfing é uma rede social de pessoas que estão de viagem e de quem está no lugar de destino. Esta permitiu-me saber que existem pessoas que estão disponíveis para trocar uma dúzia de palavras movidos pela simples razão de conhecer gente desinteressadamente. Para além disso o Hugo teve o cuidado de me passar noções básicas de como viver no Panamá, e isso inclui desde onde fica o supermemrcado, até como se diz a um taxista como voltar para casa, onde ficam os serviços essencias, etc.

Então tudo isto faz do Hugo um amigo do qual é impossível não falar, no que diz respeito à minha vivência noPanamá.

Obrigado Hugo



Em primeiro lugar, creio que devo falar da pessoa que me ouve e me faz companhia todos os dias no trabalho: a Pilar. De facto, a Pilar é a secretária da Direcção regional da Amecirca Central e Caribe do Bial; mas ela é mais do que isso. É a pessoa com quem tenho aprendido, através de um trabalho de equipa, qual o strandard profissional que temos que ter e como desempenhar o nosso trabalho da melhor forma possível. Mas ela é ainda mais do que isso, tem sido um verdadeira amiga. Vejam só que até me convidou para ir com ela para o interior, para Chitré, passar o Carnaval consigo e com os seus amigos, sob a simples razão que: "no te puedo dejas solito, cuando la rumba se hace en el interior".

Obrigado Pilar


Em primeiro lugar, vem a Belkis. A Belkis foi a primeira pessoa do Panamá que conheci. Tem sido cinco estrelas, cem por cento disponível para me ajudar a ir a algum lado, tem-me mostrado a cidade e ainda tem paciência para agradáveis conversas acerca de tudo e de nada que se fazem acompanhar por um revitalizante refresco.

Obrigado Belkis

Em primeiro lugar, todo o pessoal que trabalha conosco BIAL, aqui se inclui, a Celmar (nosso distribuidor, em especial o Juan Carlos, que foi um excelente anfitrião), a nossa equipa de vendas: Rafael, Mirtha, Herédia e Lorena; e por fim, mas nunca menos importante a nossa Gestora de Mercado, Lídia que se tem mostrado uma óptima tutora profissional.

Obrigado a todos


E pronto, neste momento esta é a minha rede social que creio que vá ser maior quando vos falar dela numa próxima vez.


Obrigado por tudo

P.S.: devem ter reparado nos "em primeiro lugar", pois é todos são os primeiros, porém cada um em planos diferentes.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Buses II

Como tinha prometido, aqui está a foto de um Diablo Rojo....Espero que gostem...


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Vamos a llevar su carro!!

Era domingo e eu estava no Pananmá havia 3 dias e decidimos ir ao Cause Way. O Cause Way é aquela parte da cidade com uma vista espectacular sobre a cidade, o arquipélago que fica de frente para a cidade, e a Ponte das Américas.

Então, eu e o Hugo lá cravámos a Balkis para ir ao Cause Way de carro. (A Balkis é uma amiga que o Hugo fez aqui que tem carro, na realidade é a minha primeira amiga panamenha...Já vos falei dela, não?) Quando íamos a meio do caminho um polícia mandou-nos parar e pediu pa ver a carta de condução da Balkis. Aqui a cartão de condução só tem validade de um ano e meio; e a da Balkis estava caducada, há quinze dias, mais ou menos!!!!
Foi uma confusão pegada porque queriam passar-nos uma maulta mas não diziam de quanto iria ser(mais tarde viémos a saber que estavam à espera de serem subornados....É o que há...).
Como aqui a carta funciona por pontos, ter uma multa deste tipo era muito mau para o historial da Balkis como condutora, no sentido de vir a comprar um carro ou coisa do género. Depois de terem ameaçado que teriam que levar o carro porque nem eu nem o Hugo tinhamos as nossas cartas de condução conosco e não havia mais ninguém para conduzir o carro, conseguimos negociar até chegar um amigo que a Balkis pediu para vir ou o Hugo voltar, porque ele entretanto tinha vindo a casa buscar a sua carta de condução. Foi então que soubémos que a multa viria em nome da pessoa que trouxesse o carro e não em nome da Balkis...é estupido, não é??...É o que há...
Quando o amigo da Balkis chegou e o Hugo também, os polícias tinham-se fartado de esperar e diceram a frase do dia: "Vamos a llevar su carro!" E pronto o pessoal ainda tentou negociar mas não deu em nada, a grua veio e ficámos nós, sem carro... e a Balkis teve que pagar $145 pelo serviço da grau, multa e garagem....

A moral da história é que o nosso domingo de relax e passeio acabou por ser um dia muito enfadonho, passado na berma da estrada a discutir com os polícias, que segundo TODOS os panamenhos que conheço são os maiores ladrões....mas pronto... olhem.. é o que há....

Obrigado por tudo

Buses

Lembram-se de há uns dias vos ter falado no trânsito do Panamá. pois é, hoje o assunto é o mesmo mas com a variante que nos vamos focar nos autocarros. Descreve-los é díficil, mas vou tentar.

Ora como toda a gente sabe o Panamá tem uma grande influência dos EUA, e esta estende-se aos aspectos mais quotidianos, como por exemplo: os autocarros. Também conhecidos por Diablos Rojos, estes são nada mais nada menos que os autocarros escolares dos EUA quando deixam de ter funcionalidade para os senhores dos 52 estados.
Andar neles é mais ou menos desconfortável, dependendo da hora do dia e do próprio dia. De semana, estão como um ovo, não cabe nem mais um alfinete, de fim de semana depende da hora....Sim, não me refiro a horas onde se possa dizer que se ande confortávelmente porque não há!

A somar a tudo isto, temos os factos de fazer um barulho ensurdecedor e de emanarem um fumo capaz de fazer frente a qualquer locomutiva do Séc.XIX. Não me vou referir aos níveis de poluição do Panamá...

A única vantagem dos Diablos é que são baratóides, as viagens custam sempre o mesmo, para onde quer que nós vamos: $0,25. Fixolas!!

(Mais uma vez o sinal que assabarco do vizinho é manhoso, portanto quando puder coloco uma imagem que seja esclarecedora.)

Obrigado por tudo...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Casco Viejo

Como todos os países anteriormente colonizados, também no Panamá se consegue identificar traços de um antigo Império Colonial. Casco Vijeo é a prova viva de um tempo que passou, do qual sobram simplesmente as fachadas e vielas que ultrapassam a barreira do tempo.
Com uma profunda traça da arquitectura colonial espanhola, mas marcada por alguma degradação social, esta parte da cidade consegue reunir um conjunto de características singulares. Em primeiro lugar, a esquadria das ruas estreitas denunciam um planeamento urbanístico típico do séc.XIX. Contudo, as inumeras igrejas remetem-nos para um tempo ainda mais longíquo da colonização.
Em segundo lugar a diversidade de lugares, que apesar de confinados num só espaço, relatam que um dia a cidade partira dalí, até conquistar toda a baía. Em Casco Viejo podemos ver o palácio presidencial, o teatro nacional e casa da ópera, a catedral, as ruínas do palácio da guarda nacional, entre muitos outro lugares de interesse.
Mas o que mais me impressionou foi a vista sobre a cidade uma vez que se situa num braço de terra que se estende pelo mar fora, é possivel observar-mos daquele local o skyline, que as imponentes torres de aparatamentos e escritórios desenham no céu. Todavia, se girarmos os nossos calcanhares 180 graus deparamo-nos com uma espectular vista sobre a Ponte das Américas. Esta é um estrutura de metal que de forma assutadora demarca a paisagem e o ínicio do canal do Panamá.
Por fim, se nessa direcção extendermos os olhos pra o Pacífico, vemos aquela que é uma das mais agradáveis zonas que conheço: Cause Way. Na realidade não passa de um paredão, construído com as inumeras toneladas de pedra que saíram da escavação do canal. Este paredão une a cidade àquilo que fora outrora um arquipélago situado na baía donde a cidade se precipita. É aqui que através de uma boa água de côco podemos desfrutar do que é o verdadeiro Oceano Pacífico...
É, também, no Casco Viejo que podemos ler o mural que relata a história de um território e de um povo que, um dia, quiz tornar-se independente.
Mas o Casco Viejo é mais do que paisagens e edifícios interessantes, é o mercado de rua, é pequenas e inumeras lojas que se extendem ao longo da Avenida Central. E, é as pessoas, e a pobreza e a necessedidade emergente de melhoria....

O Casco Viejo, é viejo, mas não é um casco, é um tronco que pede humildemente para que o conservem e recuperem...e acima de tudo que não o esqueçam...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Maravilha da inteligência humana



Sábado fui às "Esclusas de Miraflores" (tenho mais fotos mas o sinal ficou manhoso, então ficam estas para abrir o apetite), que ficam do lado do Pacífico. São de facto uma obra da engenharia humana maravilhosa. Mais de 40 km escavados no ínicio do séc XX cujo mecanismo se mantém...é um sítio interessante para se ir, então quando se tem a sorte de se ver um cargueiro passar.
Dá para imaginar um navio com toneladas e tonelasdas ficar simplesmente a 50cm da margem e descer através de um sistema de comportas mais de 50 metros de altitude?!? É de facto impressionante. À passagem pelo canal o comandante do navio é temporariamente deposto do cargo, e o comando é assumido por um oficial da Autoridade Panamenha para o Canal. Quando depois chegam as comportas, esse comandante fica com 50cm até à margem para manobrar o navio, que por sua vez fica em equilibrio através de um sistema de cabos presos a duas locumutivas mecanicas sobre carris, as chamadas "mulas". Estas não sendo reboques, funiconam mais como equilibradoras esticando ou não os cabos conforme a inclinação. Então, através de um mecanismo movido simplesmente com a força da água e gravidade, o nível da água vai baixando ou subindo, conferme o sentido em que se vai, e depois sim, as comportas abrem e o navio passa. E nós ali a 5 ou seis metros...
Pensar que a dinamite usada daria para fazer um buraco ao centro da Terra e que mais de 25ooo pessoas trbalharam alí, desde, franceses, chineses, japoneses, americanos, panamenhos, porto-riquenhos, jamaicanos, (qual é a nacionalidade de uma pessoa que vem do Haiti?, pronto esse trabalharam ali); mas que a ideia daquilo foi, como não podia deixar de ser de um TUGA: António Galvão, em 1500!! Sempre somos muito bons. Contudo, só os americanos o realizaram...o do costume...alguém pensa, eles fazem...a sua capacidade não é suficiente para realizar o duro e verdadeiro trablho: o cognitivo, mas é o que há...
Queria por mais fotos, porque as palavras são sempre vagas e uma imagem vale mais que mil palavras, ma so raio da net está fraquita....Prometo pô-las aqui..quando puder...
Obrigado por tudo

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

7 dias

Não sei porquê mas pus-me a contar os dias, e dei comigo a contar 7 dias.
Há sete dias deixei Portugal e vim para o Panamá, e a verdade é que estou a ter o meu primeiro ataque de saudades. Fiz bacalhau à bráz para o jantar com três amigo Panamenhos, e agora que eles se foram, eu fiquei...com a saudade....

Não me vou por a escrever sobre o Panamá, vou escrever sobre o que estou a sentir....Sinto saudades...essa é a verdade...tenho saudades de tudo. De voces amigos, da minha casa da minha família...não tenho vergonha de o dizer: da minha mãe...a melhor pessoa do mundo.

Não vou escrever mais porque as lágrimas teimam em sair, e eu não quero, não quero porque esta tem sido a maior e mais enriquecedora aventura da minha vida...mas não sei porquê..fiquei assim.........

Obrigado por tudo...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Afinal os taxis...

Se calhar é melhor explicar uma ou duas coisistas antes de comerçar a tão aguardada história dos taxis.

Em primeiro lugar, o que é o Albrook? O Albrook é um lugar numa ponta ciadade que tem o maior shopping do país (maior que o nosso Colombo, provavelmente duas ou três vezes maior), que é o centro comercial dos Panamenhos. Ali há de tudo, mesmo de tudo, desde a Zara à Guess, passando por lojas que "ai Jesus, Senhor"...

Além, deste espaço dedicado ao consumismo, 0 Albrook, tem ainda dentro do memso edifico um aeroporte regional (com uma pista de terra batida e metade alcatrão) e ao lado, de fomar adjacente, o terminal nacional de autocarros cuja arquitectura se parece muito com a do salazarismo em Portugal. Os autocarros são algo...mas lá chegaremos...

Em segundo lugar, e aqui faço a ligação para os taxis, um dos comportamentos pelo qual o Panamá é conhecido na América Central é a condução! É assustadora, não recomendada a cardíacos, e repenseta um dos maiores riscos ao andar na rua...pois, os semafros são pouco comuns (respeitados? deixo ao vosso critério...) à excepção do centro da cidade, e os cruzamentos é o salve-se quem puder!Não me vou referir às passadeiras...

Agora juntem-lhe um táxi...que são sempre suaves a conduzir, claro...mas as pessoas normal aqui são iguais, logo...

Tenho cá para mim que devo voltar a este assunto mais algumas vezes, por que de facto é alguma coisa de (vamos chamar-lhe...): típico.

Mas voltanto aos taxis, estes são qualquer carro que passe que tenha uma pacla que diga taxi. Não importa a marca, cor ou se tem licença ou não. São taxis porque têm uma placa e pronto. Taximetros: não há. Portanto tudo o que seja mais de três dolares, ou cinco se para fora da cidade; é roubar. Adicionalmente, eles só levam quem querem, porque como o trânsito é tão desorganizado, só levam as pessoas que estão a caminho do seu destino. Então, é frequente eles pararem e arrancarem sem dar respotas, ou simplesmente abanarem a acabeça. No entao, tornam-se mais prestáveis se os bonificarmos com mais um ou dois dólares que a tarifa normal (os tais 2 ou 3 que falei). Mas o mais curioso dos taxis é que não são transporte colectivo particular, na realidade eles funcionam como minibus, ou seja, porque é que haveriam de levar só uma pessoa se há mais na mesma rua a ir para o memso sítio ou a caminho?? É verdade, não é de estranhar que tenhamos que apanahr um táxi a onde estão mais duas ou três pessoas, desconhecidos poratanto...e o pior é que mesmo que queiramos um vazio, nunca se sabe quando é que ele fica cheio pelo caminho, ou se nos leva. Confiamos que sim....

Isto levanta-me uma série de questões: não era suposto ser um transporte mais...individual? e teoricamente seguro?? (sim porque um desconhecido pode ser qualquer um...) Bem mas sobrevisse a isto, não?

E pronto esta é a história dos táxis no Panamá...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Reunião com amigos

Quando cheguei ao ISTmo tinha à minha espera uma mesa de 10 pessoas todas desconhecidas. Hoje, sou capaz de enumerar pouco mais de 4, e somente uma delas é do Panamá, as outras estão cá de passagem (como Worldstravellers ou especie de Erasmus, pelo que percebi). Com algumas dessas mesmas pessoas seguimos até à La Comedia, que foi sem dúvida o melhor lugar que conheci aqui em termos de serviço, para além de um óptimos tacos.
A noite terminou, numa espécie de disco cujo nome não consigo recordar (sendo esssa a razão de ele não constar neste post...). Este lugar era algo de diferente com uma música agradavél, porém o espaço era uma casa colonial abandonada repartida entre um bar uma espécie de psita de dança e uma galeria de arte comtemporânea. Algo diferente, mas não necessariamente desagradável. Com o final da noite, também a rede de dez pessoas se esfumou, pelo que agora restam-me 3 dessa rede e a secretária da empresa, a Pilar. Uma rapariga simpática com quem almoço todos os dias e que me tem aturado sempre que não percebo qualquer coisa...que ultimamente tem sido minuto sim, minuto sim....

Mas, como não me quero adiantar no time line da minha história aqui, então vou retomar a minha primeira noite. Se bem que na realidade não há muito mais que dizer....

Passo, assim, à primeira manhã: outro choque! Olha pela janela e a vista é a que aparece na foto abaixo. Ocorreu-me logo: meu Deus, não era nada disto que queria....Postes cheios de fios eléctricos, com aspecto de cada família ter feito a sua própria ligação, casas cuja pintura se vai aguentando, e um barulho extremamente desconcertante dos carros.
Pouco depois perguntei ao Hugo a onde estávamos, no centro? na periferia?...e ele responde-me numa das zonas mais seguras do Panamá!
OK, vou ter que confiar.....

Eram por volta das onze horas e o Hugo pergunta-me se quero ir comprar um tml ao Albrook. E, é aqui que começa mais uma das minhas histórias sobre o Panamá: afinal os taxis não são só taxis....

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

As primeiras imagens



Aqui aqueles que são as pimeiras de muitas das fotos que hei-de tirar:



A bandeira, paraece-me um bom começo...









A vista do meu quarto...pode não parecer grande coisa, mas não é assimtão má...




Eu no segundo sítio turístico onde fui: Las Esclusas de Miraflores (parte do canal) (é que no primeiro esquecime da máquina....)


A Chegada!!

Tinha chegado ao Panamá fazia poucos minutos, e depois de passar a fronteira e de ter o meu primeiro carimbo no meu passaporte, chego à zona de chegadas.
Não havia ninguém à minha espera!!! Sim, ninguém...Ocorreu-me logo: "Benvindo à vida do desenrascanso!!"
Chamei o único número panamenho que tinha, o do Adalberto (meu chefe no Panamá), e ele disse-me para não me preocupar que estava a chegar só precisava de estacionar. Assim foi.
Foi, no momento que ía a sair do aeroporto que tenho o meu primeiro choque cultural: O CALOR! É verdade, uma lufada de ar quente e húmido entrou-me pelos pulmões a dentro, e foi quando realmente me caíu a ficha: Benvindo ao Panamá!
Creio que é agora que vos posso contar algo mais sobre o meu impacto inicial e como a minha imagem deste país se está a formar. Nunca lhe farei justiça mas vou tentar ser o mais fiel possível. Para além de todo aquele palavriado que vem nos guias, o Panamá é para mim um país apaixonante e ao mesmo tempo odioso. Vou começar pelo primeiro prisma.
Apaixonei-me pelo Panamá porque ele representa superar os meus próprios limites, despir-me do meu estilo europeu composto por sapatos de corte italiano e cachecois, e calçar um chinelo e considerar o ar condicionado um bem de primeira necessidade. Ter chegado ao Panamá, representa até agora a experiência mais enriquecedora que já tive, é verdade que não a consigo relatar agora (num só post), mas espero ir passando essa aprendizagem através dos vários posts.
O segundo motivo pelo qual o Panamá é apaixonante, é o facto de ser um país onde existem divisões socio-culturais que se diluem numa das muitas ruas compastas por torres de 50 andares e casas ao estilo americano com grande relvados ou pátios onde à noite os carros se acumulam, ou ainda condomínios fechados onde a classe média procura diariamente um maior conforto.
Muitos outros aspectos haverá para se dizer que este istmo entre as duas américas é um lugar absorvente, mas um dos mais evidentes é sem dúvida o clima. O clima é algo que nunca tivera experiementado e que se a principio nos põe sem folgo, mas depois nos proporciona uma constante descontração (e uma vontade de beber água, também!).
É um país odioso..., ou talvez nem tanto, se calhar o termo mais correcto seja averso. Sim, averso...averso porque a diferença social continua a ser grande, aqui um único supermercado tem carne fiável, e a parte mais rica cidade é paredes meia com uma das mais degradadas que já vi. Onde o saneamento é rudimentar e as condições habitacionais imploram para que sejam melhoras.
No entanto, o crescente desenvolvimento, marcado pela especulção imobiliária, é notório e a crescente classe trabalhadora também. Aqui não há falta de empregos, há falta de gente para trabalhar, pelo menos foi o que me disse um taxista....
A verdade, é que o Panamá para mim ainda representa uma aventura semelhante aos descobrimentos do séc XV, ou seja, um superar quotidiano de barreiras e limites.
E cheguei a casa...a minha casa (já a sinto como minha) é igual a todos os outros apartamentos. Fica no Royal Park. (Os eficios aqui todos têm nomes, uma vez que não há número de portas...Não me perguntem pelos correios?? Acho que são assim, digamos que "à la carte"....) O Royal Park é um conjunto de 3 torres de 6 andares cada que partem todas de um átrio, que aliás é onde estou a escrever (é o sitio onde se panha melhor sinal de um amigo desconhecido, mas que deve de ser simpático). Tenho segunrança 24horas e serviço de limpeza, e ainda alguns serviços como: lavanderia e cybercentre, estão também disponíveis.
Voltanto à história da minha chegada....
Pousei as minhas coisas e o Hugo (já falei do Hugo: é o Contacto que venho substituir, que tem sido impecável comigo) dize-me o seguinte: Vienes conmigo à una reuníon de amigos en el Istmo??
E, assim, se começou a desenvolver a minha rede social no Panamá. Foi, então, o ISTMO, o primeiro lugar que conheci....

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A viagem...

Eram 5 e meia da manhã e estava a sair de casa com a famelga todinha e 60kg em malas. Chegámos ao aeroporto e foi aquela cena típica de despedida, porque tanto eu como a minha mãe e irmã somos umas manteigas derretidas....

E lá fui eu..Primeiro até Madrid, viagem pacífica...fui na conversa com um casal basileiro que meteu conversa comigo para me perguntar se aquela era a porta de embarque certa, e pronto pareciamos amigos já de longa data! Bem às páginas tantas, outro senhor meteu conversa comigo porque me ouviu falar em Panamá.

Ao escrever isto dá a sensação que devo ter mesmo ar de posto de informação ou então sou definitivamente muito "espalha brasas".

Bem o senhor lá me explicou que estava preocupado porque ele ía para a Costa Rica e o tempo entre a chegada a Madrid e o boarding o seu destino era muito apertado. E eu respondi para não se preocupar que eles sabiam que havia ligação na mesma companhia que esperavam por nós, mas a verdade é que também começava a pensar que estava a ficar apertado uma vez que tivemos muito tempo em Lisboa à espera de descolar.

AH!! O senhor era um alemão reformado em Albufeira, que ía de férias para a Costa Rica... consegui-me por a pensar sobre um dos papeis de Portugal na Europa: "Retiro barato para camones ricos, com bom tempo."...Será???

Mas continuando a viagem...chegámos a Madrid. Olhei para o relógio e faltavam 30 minutos para o outro avião!!! O velho tinha razão....!!Começo a correr pelo aeroporto fora, ao mesmo tempo que pensava em duas coisas: vou perder o avia-ao e se tenho que parar não consigo (estava com 25 KG às costas). Lá cheguei à porta de embarque e afinal o voo tinha atrasado, ainda estava tudo à espera de entrar...
Foi nesta altura que conheci o meu terceiro amigo de viagem, o Peter. O Peter foi a pessoa com quem convercei desde Madrid até ao Panamá. Contudo, consegui ainda dormir 5 horas, ver dois filmes, e ler meio livro, Digam lá se não foi uma viagem grande?
Na realidade foi uma seca...nunca mais ca chegávamos...

Depois veio o meu primeiro choque cultural: a Guatemala, sim o avião parou na Guatemala! Meu Deus! Lembro-me de me ter convencido que o Panamá era a referência da América Central, com uma ligação muito forte aos EUA. Na realidade eu n queria ir parar a um sítio como aquele...que só vi um bocadinho da janela do aeroporto!!!!

E, por fim, o tão esperado momento!! Cheguei ao Panamá!